Vivemos
em um mundo de constante aceleração. Estamos dando passos exorbitantes no mundo
de fora; mantemos contato com pessoas que mal conhecemos, ao passo que mal
falamos com quem está do nosso lado; somos estimulados por incrível tecnologia
de som, imagem e comunicação. Estamos cada vez mais conectados.
Sem
dúvida que a tecnologia representa um significativo aumento em nossa qualidade
de vida, facilitando muitas tarefas que até bem pouco tempo eram cansativas e
demoradas. Lembro-me da minha infância, por exemplo, quando tinha que ir à
biblioteca fazer uma pesquisa para a escola; passava a tarde toda afundado em
livros e escrevendo – não digitando – cada trecho relevante. Hoje, contudo,
tenho em casa uma vasta biblioteca com um simples clic no Google.
Por
outro lado, precisamos nos policiar a respeito da quantidade de horas que
passamos em frente aos computadores ou mesmo, mergulhados em aparelhos
celulares com acesso à internet. Ressalto que não escrevo aqui um artigo sério,
com pretensões maiores, mas sim um texto informal, no qual quero dialogar com
você, leitor, acerca dos caminhos que estamos seguindo. Tenho percebido que as
pessoas estão perdendo o gosto pelo contato físico (a não ser por depravações
devido à banalização do sexo) e pelas simples conversas despreocupadas. Afinal,
o mundo virtual, com seus inúmeros vídeos engraçados e suas informações
praticamente instantâneas, parece mais emocionante.
Entretanto,
tire algumas horas do seu dia para olhar o que está à sua volta, dê atenção às
pessoas que o rodeiam. Sorria espontaneamente de coisas pequenas e simples. Em
vez de postar no facebook o quanto
você adora tal amigo(a), diga a ele/ela pessoalmente quando puder, fale todos
os dias para sua mãe – que é a pessoa que mais o ama neste mundo – o quanto
você a ama. Se não mora com sua mãe, diga para quem o criou e que lhe tem com imenso
carinho. Como nos ensinou William Shakespeare: “[...] as pessoas com quem você
mais se importa são tomadas de você muito depressa. Por isso sempre devemos
deixar quem amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as
vejamos”.
Não
caia nas armadilhas impostas pelo sistema de alienação. Leia livros (jamais
abandone a Bíblia); faça bons passeios a pé; vá pedalar; desenhar (garranchos
que seja); nunca perca a oportunidade de fazer uma criança sorrir; e o mais
importante: não estresse sua mente desnecessariamente. Cuidado com o que
Augusto Cury chama de SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado), não encha sua
mente com besteiras e banalidades. Segundo o próprio autor – descobridor da
síndrome –, hoje uma criança de sete anos de idade possui mais informações do
que o imperador Romano no auge do império, todavia, tais informações são
desfragmentadas, não elaboradas, que estressam o cérebro e não são
transformadas em sabedoria.
Carregue,
portanto, em sua essência só aquilo que é verdadeiramente importante. Semeie o
amor, o perdão e a alegria. Sorria, você está no mundo real.
É verdade, eu também me lembro que tinha que ir a biblioteca pra fazer pesquisas para entregar o trabalho para a professora, passara horas pesquisando e copiando à mão. Hoje se quiser pesquisar é só dar um clic no Google e pronto, se não quiser digitar é só imprimir.
ResponderExcluirComo você disse temos que viver mais no mundo real e não no virtual.